Estava pensando...
Manter nossa
bateria carregada com vitalidade é sempre um bom negócio. Precisamos de
oxigênio, força vital, em vários momentos, para desafios e lutas que temos pela
frente, simplesmente estando vivos. Lutamos contra ou a favor, internamente e
externamente, ao lado de nossos ideais, contra nossas tendências negativas,
nossas resistências, a favor disso ou daquilo, para aprender jeitos novos de
ser, desistir de outros,e por aí vai. Lutamos para atingir estados de
harmonização, e até para sermos amados...a lista e interminável. Ficamos
exaustos quando somos obrigados a passar dos limites que estabelecemos, ou que
foram estabelecidos e aceitamos, deixando de lado zonas de conforto que trazem
a ilusão da segurança. Isso exige um gasto de energia imenso, nem sempre
percebido imediatamente, mas que no final das contas afeta todo o nosso ser,
comprometendo reações e respostas, incluindo aí relacionamentos. Quem nunca
perdeu as forças e acabou metendo os pés pelas mãos?As mães com seus bebezinhos
que nos contem sobre seus primeiros tempos de maternagem; e também aqueles que
repentinamente se vêem obrigados a encarar pessoas queridas doentes
necessitando de seus cuidados, e é claro, os próprios doentes, debilitados com
suas perdas. E tem mais: vamos combinar que há momentos em que sentimos como se
um furacão tivesse passado por nossas vidas. Temos que lutar, seja lá o que
isso signifique. É sempre bom lembrar que além de circunstâncias extenuantes,
(das quais ninguém está livre atualmente), também criamos armadilhas, estas
extremamente cansativas e desgastantes, com nossa maneira de pensar.
Idealizações de como “deveríamos” ser e atuar passam a assombrar-nos; emoções,
cúmplices de mandatos que adoraríamos deixar de lado, mas, que por esse ou por
aquele motivo continuam hospedados em nosso ser, passeiam pelos nossos
projetos. Como diz meu irmão, são nossos “fios desencapados”, desperdiçadores
compulsivos de energia. A verdade é que importa nessas horas estarmos com o
"tanque cheio". Sem energia vital, não vamos a canto nenhum, porque
não há como enxergar a melhor maneira de proteção, ou recuperação; de ficar
firme e manter a suavidade, criando alternativas e soluções para nossos
impasses. Conhecer a si mesmo é o primeiro passo, porque ressaltando o caráter
preventivo de nossos desafios, temos sempre a possibilidade de estarmos
preparados quando sabemos que o combustível não vai dar conta dos próximos
capítulos de nossa novela, já que não me parece uma boa idéia ficarmos parados
no meio do caminho. Mesmo assim, às vezes ficamos.
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