domingo, 23 de fevereiro de 2020

Desapegar


Desapegar
Sabe quando novas informações pedem passagem, atropelando nosso jeito de ser, querendo entrar na nossa roda da vida  gritando “mudança à vista!”? Ao emparelharem com as antigas, podem ocorrer avaliações bem interessantes, dependendo da disponibilidade interna de cada um para lidar com as próprias  verdades.
Refiro-me àquela conversinha íntima sobre desapegar-se daquilo que já  deu o que tinha que dar, o que sabemos não ser nada fácil. Decidirmos o que vai fazer parte de nossas vidas agora, por ser realmente essencial;  excluirmos  o que, sem dó nem piedade,  não  permanecerá;  integrar objetos, atitudes, pensamentos, emoções, lembranças, relacionamentos, a lista é interminável... Ah! Isso  leva um certo tempo. É uma questão de consciência. Exige critérios que passam, inevitavelmente, por algo também muito íntimo que costumamos chamar de gratidão, e que quase sempre  anda de mãos dadas com os perdões.
Como precisamos dessa energia que libera, que deixa ir, para podermos  atravessar a ponte que leva à conquista de novos olhares.  Nessa transição criamos portais, modernizamos alternativas, e manifestamos o triângulo de novos  pensamentos,novas  vontades e novas ações. Tomamos decisões com os devidos riscos assumidos e vistos como impulsos para a evolução. Quem  sabe,  assim nasça um jeito de viver sem grandes raivas, mágoas, medos e culpas paralisantes, para que  talvez possamos  fluir nessa vida mais amorosamente, sem tantas reclamações e dominando melhor a tentação de se fixar lá atrás. Assim, as novas criações poderão  ser feitas com aquilo que se tem,o  que vamos combinar, não é pouca coisa, nunca!

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