O CORPO FALA
Acordei hoje com uma frase na cabeça: o corpo fala. Tem dias
que as coisas são bem assim, uma música que fica cantando dentro da gente,
lembranças distantes que resolvem sair lá do baú, e hoje foi isso. Lembrei logo
do Pierre Weill, autor de um livro famoso com esse título. Fiquei me
perguntando o que meu corpo, então, estaria querendo me falar e comecei a
organizar coisas em casa, com ideias e
tarefas simbolizando intenções, como gosto de dizer. Talvez faltasse música na casa. Providenciei.
Ah, quem sabe uma daquelas ginásticas energéticas que costumava fazer todos os
dias? Peguei o colchonete debaixo da cama e o abri perto do computador: música,
maestro! Percebi que tinha sede, sim, precisava de água. Bebi a água feliz da
vida. Estava seguindo as pistas. Comecei a cantar, e me senti melhor ainda. Livre! Deliciosamente
me estiquei e acordei cada pedacinho dorminhoco do corpo, ao ritmo de Ray
Conniff. O sol batia na janela, enquanto
me preparava para os movimentos, e deixei que me enviasse sua mensagem de fortaleza
e alegria. Foi quando o corpo pediu uma ducha gelada. Ri sozinha de uma
memória: o banho geladíssimo em Teresópolis, cidade serrana lá no Rio, nas
férias de julho, em pleno inverno, que me deixava tão bem disposta e sem frio.
Gostei do desafio e da vitalidade que adquiri. Mais uma atualização de cenário antigo na vida atual, que
finalizou sua expressão pedindo uma caminhada no modo passeio. Como aprendi que
com intuição não se brinca, segui as pistas que fluíram lá do inconsciente
direitinho e tive um lindo dia.
Compartilho aqui minha lição de hoje: para que possamos matar
o discípulo que ainda mora em nós, deitado numa rede à espera do mestre, que
tal abrirmos nossas maletas existenciais e usarmos as ferramentas que temos: confiança,
alegria, criatividade, leveza, só pra começar? Que possamos então ouvir o nosso
corpo, certo? Porque sem ele não vamos a canto nenhum.
Visitem meu site, lá tem mais!
http://ruttysteinberg.com
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Huuumm, que delícia esse texto! A descrição está tão viva que, a cada palavra, vinha-me à mente a cena de seus passos. Gostei da ideia! Um dia espero poder seguir um ciclo assim, de "escuta" do corpo e deixar que a intuição também me conduza durante alguns momentos. ;D
ResponderExcluirAdorei seu comentário, Laura. Abraço.
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