À medida que o tempo passa e nos percebemos mais velhos, sentimos
o desgaste de algumas habilidades que costumavam ser naturais no dia a dia. Ao nos observarmos no espelho, as feições e as rugas contam sobre nossas
peripécias. Ficamos surpresos com o cenário, com a pele mais sensível, as
preferências modificadas, tudo tão rápido... e algumas vezes nos sentimos como uma criança no final de uma
festa que não aceita voltar para sua casa e recarregar a bateria para novas
experiências mais adiante. É o início do processo “eu costumava... mas agora
não dá mais”.
Será que devemos permanecer ruminando o passado,
reclamando, e tomando um chazinho relaxante ao lado de outros resmungões? Ou vivermos
como um quarto independente do resto da casa, olhando nostalgicamente a vida,
sentados numa cadeira de balanço? Quem sabe chegou a hora de digerirmos tudo o que foi aprendido na caminhada, com
descontração, uma certa irreverência, acenando a bandeira da vitória? Ao apreciarmos essa paisagem, podemos gritar aos quatro
ventos que há desenvolvimento pessoal em
qualquer idade e que cada fase da vida é uma nova aventura. Que tal transformarmos limites em lições, possibilidades e mais
superações? Os frutos de conquistas ao longo do caminho, depois de
muitos anos de experiências variadas, deve levar à paz. Em outras palavras, a idade não impede ninguém
de um novo estilo de vida, criativo, prosseguindo na aprendizagem. Então, vamos recapitular algumas coisinhas. Já
aprendemos que fracassar é muito relativo. Não há tempo a perder com
lamentações e ressentimentos pelo que já passou. É tempo de sorrir diante dos
desafios vencidos, desistir do que não é mais importante, e continuar tentando
aquilo que sempre nos apaixonou. Só que de outra maneira, com mais paciência e
leveza, porque o tempo é nosso, e a estrada para a sabedoria já está aberta aos
passantes.
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