quarta-feira, 10 de junho de 2015

Então...


Enquanto tomava meu café e dava um jeito na cozinha, esperando meu pãozinho de queijo ficar no ponto, sentei na rede, para refletir, tentando focalizar os pensamentos. Tantas informações, numa velocidade que pode se tornar alucinante...e estar presente é quase uma façanha, digo, sentir o momento, deixando o solzinho das 6:30 da manhã me dar um bom dia, enquanto correm os planos na mente. Deixei-me envolver por algumas questões, de um jeito natural.
Pensamentos sobre saúde, emoções, bloqueios...depois pulei para regressão,  hipnose, conhecimento técnico,  experiência terapêutica para trabalhar com o material recolhido, que são minhas reflexões familiares. Nao há saída, aqui também a forma de se fazer a alquimia com as informações é fundamental. Se nós ficamos presos em nossas projeções, colocamos significados duvidosos na mente alheia. Manter seu filtro limpo é uma das premissas para o terapeuta fazer um bom atendimento. Isso dá trabalho, meus colegas que o digam. Ou seguimos a crença do poder de escolha de cada um, ou impomos sutilmente (o que é mais eficiente), moldando seres a nosso bel prazer. Nesse caso, não importa se existe ou não a reencarnação...mas se essa visão tornou-se “realidade”. O poder de escolha não é um tema simples de forma alguma, e “realidade” muito menos. Em seguida me perguntei o que fazer com o núcleo traumático descoberto, o gatilho que se atualiza a cada passo do cenário da vida.
O que mais me encanta é analisar, comparar, refletir, rir dos próprios pensamentos e lançar dúvidas em cima dos dogmáticos, cheios de certezas absolutas. Será que alguém tem todas as fatias da torta da verdade?
Ontem também li a respeito de vampirismo, outra peça do quebra-cabeças “relacionamento”. E sobre   doenças do medo: medo de ficar só, de ser rejeitado, de cair no ostracismo, de ser ridicularizado e finalmente abandonado debaixo da ponte. E assim criam-se vínculos por medo dos outros, de suas críticas, opiniões, que podem parecer decisivas para o nosso destino. E para nao corrermos perigo, loucamente, nos atiramos na fogueira primeiro.
E o que dizer dos que confundem bondade com idiotice? Não conseguem distinguir entre sabedoria e imbecilidade. Abrigam a maldade dentro de si, que se manifesta por oportunismo. O outro não existe a não ser para ser usado, mas só perceberão tudo isso quando também se sentirem usados. Só então terão o equipamento interno necessário para transformar o seu mundo, elegendo o amor. Enquanto isso não acontece, a raiva permanece corroendo o seu fígado, sem que sequer percebam, e o que é pior, não conseguem encontrar a paz, porque estão sempre buscando mais oportunidades. Não vêem que tudo está aqui, agora.

Às vezes tenho a sensação que estou diante de uma grande vitrine de idéias, como se o mundo fosse uma grande feira. Tantas experiências, sessenta anos...brinco com desvios do foco do momento presente e todas as suas possibilidades. E lá vou eu para o tal filtro, foco...com uma latinha de lixo ao lado, é claro!

2 comentários:

  1. Bom dia Rutty!!
    Feliz em participar deste seu cantinho, e viajar nos seus textos. Enquanto lia, este em especial, muita coisa passou pela minha mente. É, tantas experiencias, emoções, alegrias, tristezas, gargalhadas, lágrimas ... vida! Com toda certeza, estamos muito longe da perfeição (existe perfeição?), mas, vivendo com grandes emoções. 100% responsavel por nossas atitudes e escolhas. Bjssss no seu enorme coração

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    1. Querida Rosali, é isso mesmo, fico feliz em ter vc por aqui. bj

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